sábado, 20 de novembro de 2010

Sem Título

Encontrei um texto que havia escrito em 95, imaginem...
Estava à procura de uns escritos que fiz sobre Pietro Ubaldi, na época em que o estudei. Acreditava então na reencarnação. Resolvi transcrevê-lo, então:

Como um oceano de calmas superfícies e revoluções profundas. O interior. Penso no quão difícil é perceber o próprio, que dirá do alheio?!! Tarefa difícil.

Porque exige de si mesmo burilamento interior; um conhecimento interior. Um equilíbrio que possibilite superar a própria impulsividade, as próprias tendências. Em crescimento contínuo, mesmo que não retilíneo; melhor se o fosse. Exige tamanha paz  interior, naquele momento em que se calam as angústias do ser, para que se possa se doar. Se entregar ao momento de ouvir e perceber o outro, ao movimento de sentir, bem mais do que materialmente, o sofrimento daquele que se lho apresenta. Entrelinhas que sempre presentes. O silencio interior deve saber falar e ouvir o bastante.

Desafio é constantemente caminhar, mantendo ritmos de auto-aperfeiçoamento; de vigilância interior. De doação verdadeira ao amor da tarefa em que você acredita. Sem atalhos, sem desvios, sem descanso.

E assim mesmo, a vida é pouca; parece-me que ao final dela é quando sabemos um pouco apenas a mais. Quem sabe na próxima e na próxima, elipticamente saberemos cada vez um pouco mais. Quem sabe um dia, livres de impulsividades terrenas, nos doaremos por completo à felicidade suprema de amar, simplesmente. Veículos, apenas, do Amor do Pai – que nos guia, nos acolhe, nos orienta. Quem sabe, um dia Seremos... Plenamente...

Feitos apenas do Amor a que fomos criados!
                                                                                   
PCMendes
                                                              
                      Jun/95

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