I Timóteo, 1:15
“Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores; dos quais eu sou o principal.”
Salvar
1. Tirar ou livrar de um perigo.
2. Dar saúde a (um doente).
7. Livrar da morte.
8. Relig. Livrar do Inferno ou do Purgatório.
v. pron.
12. Obter a salvação eterna.
13. Acoitar-se; abrigar-se. – (lembrei-me do salmo 17:8, “Guarda-me como à menina dos olhos, esconde-me à
sombra de tuas asas”)
Dar a salvação a, livrar da danação eterna.
Trata-nos o Senhor realmente como a menina de Seus olhos, a cada um de nós, individualmente. Ninguém é menos significativo.
Cristo veio a nós propor uma revolução: do Amor, do Perdão (perdoar “setenta vezes sete” vezes – Mateus, 18:22), da doação de si mesmo. Sua maior doação, para além de seu Amor infinito, foi sua própria vida.
Falava de ‘Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo’ (Mateus, 22:37-39). Ousou sair da referência do ‘olho por olho’ como o verdadeiro revolucionário. Imagine como não deve ter sido para as pessoas daquela época ouvir proposições como esta, se ainda hoje, dois mil anos depois, chegamos a achar absurdo desculpar certas pessoas por esta ou aquela ofensa...
Com o toque do exemplo e da palavra, veio promover a renovação do semblante moral dos povos. Veio senão para nos salvar.
Paulo neste versículo se intitula o principal pecador. Perseguira a Cristo. Tinha conhecimento de que havia sido perdoado, no entanto sabia-se ainda pecador. Que dirá de nós outros, então?
Confesso que tenho certa dificuldade de reconhecer meus próprios pecados; daqui desta caminha, parece até que pouco os tenho. Deus, que me sonda, sabe bem quantas omissões com minha filha, quantas palavras não ditas, ou quantas ditas de modo inapropriado aos de minha convivência, quantos pensamentos indevidos, quantos atos, enfim, até mesmo o pecado da gula venho cometendo bastante.
Sim, com o arrependimento somos salvos. Pela fé e pela Graça, pelo amoroso perdão do Senhor somos salvos.
E, claro, perdoar a si mesmo é igualmente muito importante. Imagine se formos perdoados, mas não conseguimos fazê-lo por nós mesmos; isto poderia causar verdadeiros estragos na vida de um cidadão. Afinal de contas, o mandamento é: amar ao próximo como a si mesmo! Este perdão é fundamental na vida de uma pessoa, inclusive para que consiga seguir adiante depois de um erro, tantas vezes grave. Erros, todos cometemos.
Ainda assim, há que se tomar cuidado, a meu ver, para que não se incorra em outro: no de “achar que pode”, já que amanhã seremos novamente perdoados. Não se trata de dieta, que na próxima segunda a gente recomeça. Não se trata de auto-indulgência inadvertida, relaxando na disciplina consigo mesmo. Tenho visto isto por aí. Vigiai e orai, diz o Senhor (Marcos, 13:33). Faz-se mister permanecermos atentos para com nossas próprias atitudes em cada situação que o cotidiano nos coloca.
Jesus nos traz a oportunidade de mudarmos nossa vida; o grande lance é não deixar para amanhã; é mudar hoje. Mudar amanhã também, mantendo ritmos de auto-aperfeiçoamento e, apesar dele, seremos sempre pecadores. Justificados pela fé, é verdade (Romanos, 3:24-25). Contudo, pecadores.
A humildade é um grande dom.
Em nossa maioria ‘favoritistas religiosos’, inclusive nós da IPU - ecumênicos - acreditamos que não existe salvação em outras religiões, muito menos fora delas; pecamos pela intolerância e até mesmo pela maledicência, dentro e fora da igreja. Esquecemo-nos de tantos que vivem uma vida de retidão, de amor e de caridade, movidos tão somente pelo amor ao próximo. Esquecemo-nos de que “quem não é contra nós, é por nós” (Lucas, 9:50). Esquecemo-nos da possibilidade de salvação também para estas pessoas, muitas vezes até mais merecedoras do que nós mesmos...
Parte de nosso legado, sim, é converter-se ao trabalho incessante do bem, seja de que forma for. De minha cama, trabalho também; faço parte da diretoria da Abrami (Associação Brasileira de Miastenia Grave). Minha tarefa é responder às perguntas do grupo do Yahoo e da comunidade do Orkut, tudinho via internet. Parece coisa muito médica, científica, sei lá, mas se você fala de tratamento, fala também de esperança; se fala de esperança, como não dizer da alegria de viver, como não contagiar meus amigos com este dom que Deus me deu? E assim a gente acaba falando de Deus!
O trabalho do amor podem ser palavras, orações que sejam; pode ser um sorriso. Pode ser um silêncio. Levantar, iluminar, ajudar e enobrecer; educar-se alguém para educar os outros. Respeitar. Ser um intérprete da Boa Nova. Instrumento da Salvação, pois quem salva é somente Deus.
Finalizo retomando o Salmo 17, de que tanto gosto, em seu versículo 5: “Dirige meus passos no Teu caminho, para que as minhas pegadas não vacilem” – que esta seja nossa constante oração.
Queridos, Graça e Paz!
Paulinha Mendes
Paulinha Mendes
05/11/10
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