sábado, 20 de novembro de 2010

Frei Cláudio, Homem de Deus


Conheço Fr. Cláudio desde meus 15 ou 16, época de turbilhões adolescentes; conto hoje 43 e continuo recebendo a Graça de sua amizade.

Comportamento, atitude, atos, humildade, postura, sentimentos, Fé e cultura dignos de se espelhar, para alguém que esteja à procura de um exemplo de vida.

Homem à frente de seu tempo, em termos de Igreja Católica. Revolucionário, Jesus também foi; e Fr. Cláudio nunca deixou de falar Deste e, principalmente, VIVER seus ensinamentos – para os quais não mede palavras.

Pessoa afável, de fácil contato, até hoje ajoelha-se frente aos “baixinhos” como eu, dada sua altíssima estatura. Disponível e interessado, conversa mansa que vai enveredando pelos caminhos das manifestações mais simples e pelos Mistérios de Deus, tentando ao mesmo tempo descomplicar e comungar com o Universo. Embora às vezes possa soar complicado aos ouvidos menos avisados...

“A transformar sonhos em obras e colheita” (tomei emprestado aos versos de Uard Mahmed Lauar de Barros).


Sua obra traduz-se em livros, “PPSs”(Power Points), poesias, ao lado de uma extensa (obra) social: a Paróquia conta hoje com ambulatórios com médico, dentista, psicólogo, além de oferecer Reiki, farmácia, assistência à Comunidade do Morro do Papagaio, missas em dias e horários variados em que há um afluxo de pessoas de múltiplas idades, curso de noivos, Encontro de Casais, Encontro de Jovens, bazar, curso de crisma, catecismo, alfabetização de adultos, isto que eu saiba, talvez um pouco mais.

Em tempo de proliferação de denominações religiosas, traz a característica de acreditar no ecumenismo, creio eu, no diálogo e respeito mútuo entre os diversos movimentos em torno daquilo que possa representar o Amor e a Ética, numa tentativa de desvendar o significado da Essência Divina, coisa que em última instância não alcançaremos.

Comete a ousadia de desmistificar mitos e rituais em prol de uma Fé verdadeira e genuína de forma singular, ora artistica e poeticamente, ora inflamado questionador.

Por essas e outras, muitas outras, é que este frei e psicólogo erradicado da Holanda ocupa um lugar todo especial em meu coração e minha vida e de minha família. Um amigo à parte.

No mais, não passo de (mais) uma admiradora deste dinâmico propagador da Palavra, do Mistério e da Verdade que pairam sobre todos nós.

Guardadas as devidas proporções, é claro, Paulo também foi injustiçado – e, igualmente, nunca ocupou o lugar de vítima...


Paulinha

03/05/10


Paula de Castro Mendes é médica
psiquiatra aposentada em BH, de profissão de fé Presbiteriana (IPU).

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