segunda-feira, 29 de abril de 2019

Dançando vida afora



Não sou  ainda idosa, nem estou na cadeira de rodas; mas do alto dos meus 52 anos, já estive algumas vezes neste lugar.

Meu corpo não tem exatamente acompanhado minha alma. Mas ela, a alma, é bailarina.

Se tivesse escolhido com o coração, aos 17, teria preferido a dança à Medicina.
Sempre fui uma apaixonada!

Atingi o nível profissional, a ponto de fazer seleção para um ballet-teatro.

Ainda sinto, imaginário, o fio que sai do meio do peito e puxa para cima e para frente. Cabeça erguida. Corpo meticulosamente colocado, contraído aqui, relaxado ali. Movimentos precisos.
Treino, muito treino. Ensaios. Suor. Música. Bem estar. Realização.

Dança é arte.

Permanece a artista! Ainda entra em ebulição o pensamento, bate diferente o coração.

Sou dançarina.
Tenho a certeza de que ainda volto a dançar; não nos palcos, nem nas escolas de dança, mas por aí afora!

Minha homenagem a estes artistas que se dedicam a arrebatar nossa alma e encantar nossos olhos e ouvidos com devoção e criatividade, paixão, suor e lágrimas, pés machucados e sorriso no rosto!

Aos coreógrafos, aos bailarinos, aos profissionais ou amantes de todo tipo de dança, amadores ou "amadores", o nosso muito obrigada por fazer este mundo mais belo, sensível e feliz!!

E que a metáfora nos sirva, do fio que conduz para frente e para cima, sempre! 

É o sentido de viver!!



2 comentários:

  1. Quem foi bailarina, nunca esquece.
    Minha filha foi e até hoje sonha c a dança. Chegou a tentar outra vez mas aos 45 anos não conseguiu mais e ficou mto decepcionada. Nessa idade a coragem e persistência têm de ser mto maiores. Isso é o q ela não tem.
    Rejane

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    1. Persistência é uma palavra que faz parte da dança... Stella está fazendo jazz, adora!!

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