terça-feira, 2 de abril de 2019

Cachorrólatra, eu?! Imagina!!



Sempre tive o desejo de ter um cachorro. 
Minha madrinha, Débora, teve o Bob, um lindo setter irlandês, ruivo, carinhoso, bobinho, ia com todo mundo! Brincalhão e destruidor. Uma vez destruiu meu caderno de resumos de livros de português, motivo pelo qual perdi 3 pontos! Era uma graça!
Bom, sempre quisemos, mas não tivemos.
Até que meus pais adquiriram a Lola, uma shi-tzu dulcíssima e linda!! 
Eu, como já fui mordida por um cachorro da vizinha do meu prédio da Sagrada Família, andava há anos com medo de cães, até para passar na rua me desviava deles... E, mesmo da Lolinha, cadela mais doce impossível, ainda tinha certo receio.

Mas o desejo de ter um cão nunca me deixou.
Stella começou a pedir sempre, e minhas desculpas, na verdade reais, eram minhas condições financeiras.
Minha mãe visitou o Patitas, um pet shop perto da Igreja do Carmo, onde viu uma cadelinha linda, marronzinha, boazinha, para ser doada. Fiquei com aquilo na cabeça e fui até lá. Tive que voltar outro dia, quando combinamos da ong trazer as cadelinhas a serem doadas.
Vieram 4, 3 marrons, boazinhas e quietinhas, e uma pretinha, doidinha, que pulava para cima da gente e não parava de latir e chorar. Foi esta que escolhemos. Primeira cachorrinha de nossas vidas!

PÉROLA



Pérola nunca foi muito destruidora, a não ser de nossos corações. Quando bebê, roeu uma ou outra madeira e estragou poucas coisas.
Gostava mesmo era de tirar os chinelos de nossos pés, os dois, pegá-los com a boca ao mesmo tempo e sacudi-los no ar. 
Certa vez, ao deixarmos de prestar atenção para ajudar a Rose com a bateria do carro, comeu muitos pães sírios, uns 6, com grão de bico e coalhada seca! Já comeu sanduíche do Eddie's, pizzas e etc.
Era uma apaixonada por mim. Íamos à casa de meus pais e era uma graça: toda vez que eu me levantava, ela se levantava também, achando que eu ia embora.
Eu e ela levávamos Stella à aula todos os dias. Ao sair, era tanta ansiedade que ela andava apoiada apenas sobre as patas traseiras.
Adorava ficar "lá fora", como chamamos uma área externa do prédio e onde instalamos um portãozinho. Ali se divertia por horas.
Pérola teve que ser operada por "ombros flutuantes", antes do que teve muita dor. Melhorou depois disso, no entanto foi acometida de leishmaniose, o que nos trouxe dúvidas e decisões muito difíceis de tomar. Eu, imunossuprimida e ela, doente... Tratar? Sacrificar?
Infelizmente, o bom senso falou mais alto e decidimos pela última opção.
Pérola se foi nos meus braços, com a ajuda do Cláudio, veterinário, com 1 aninho de idade!
Seu corpinho jaz no terreno do Celestino e da Débora Sechin, vizinhos e tão amigos que se ofereceram para levá-la e enterrá-la junto com suas ex-cachorrinhas.
Obrigada, Pérola, por tanto amor!!
Não preciso dizer que meu medo de cachorro se acabou completamente!!
Hoje gosto de todos na rua e brinco com eles quando os donos se dispõem a deixar.




LILI




Havia passado pouquíssimo tempo depois do sacrifício da Pérola.
O Gilberto, do Txutxucão, me ligou perguntando se eu não queria adotar um dos 4 irmãozinhos que foram achados abandonados em uma vala tampada, deixados para morrer. Meu coração não resistiu.
Adotei a Lili.
Coitada, tinha cheiro de dermatite, que foi tratada por muito tempo até ceder.
Stella não gostava dela, só um pouquinho.
Mas eu a adorava, cachorrinha alegre, doidinha, pulava em todo mundo, queria tomar os alimentos da gente quando os levávamos à boca.
Era a cachorra das etiquetas. Não podia ver uma, que queria comer. Etiquetas de roupas, de toalhas, roupas de cama, qualquer coisa!
Muito carinhosa também. Estranhava pessoas que não conhecia, até que eu as abraçasse para mostrar que eram amigas.
Lili se parecia com a Pérola, porém mais esbelta e comprida. Ficou grande para o apartamento e, com pouco exercício físico, ficou estressada.
Como todo cão que se preza, adorava sair para passear. Certa feita, meu pai decidiu sair com ela e Lili, feliz da vida, veio me avisar que ia passear e ganhei uma patada no olho esquerdo que me rendeu 6 dias de tampão e mais 2 graus para perto.
Depois disso, resolvemos doá-la, pois o ambiente de apartamento e poucos exercícios não estava adequado para ela.
Hoje ela vive com a Cláudia em Santo Antônio do Leite, passeia 6 km por dia, entra no rio, na cachoeira, fica presa durante o dia, pois não deixa ninguém se aproximar da casa, e de noite é "o" melhor "cão" de guarda que a Cláudia já teve!
E está mais gordinha também!!
Obrigada, Cláudia, obrigada, Lili, por tanto carinho!!


 MEL




Ninguém queria que eu arranjasse outro cachorro.
Encontrava-me fraca pela miastenia, e de repouso.
Mas eu cismei, e a Elzinha deu um jeito de eu comprar a Mel, mistura de shi-tzu com lhasa apso, uma menininha pequena, menor que a Lola, pretinha e filha de uma mãe de pelos cinza. Veio para nossa casa com 45 dias de vida, e sua mamãe é a Stella, que a adora!
Hoje Mel tem 10 meses e está se tornando cinza. É uma camaleoa!
Melzinha é a cachorra mais expressiva que conheci na vida. Fala tudo com os olhos e latidos, e linguagem corporal. Depois, diz-se que cachorro não fala!!
Também uma carinhosa! Entende tudo, se enrosca na gente, lambe agradecendo os carinhos e adora comer meus pés.
É uma devoradora de chinelos. Até hoje, 23 foram os que ela destruiu! Basta deixar 2 minutos dando bobeira no chão...
Seu "posto" é na janela do quarto de estudos, onde toma conta de toda a vizinhança.
Detesta ficar "lá fora", onde se sente abandonada. 
Melzinha é magrinha, palpa-se todos os seus ossos, difícil para comer!! Só gosta das coisas que a gente come. É uma alucinada por pão de queijo e pão sírio.
Muito amiga da Estrela, cadela da minha mãe, que é 3 vezes maior que ela. Brincam muito as duas juntas, entre pequenos intervalos de 30 segundos para descansar e começar tudo outra vez. Detalhe: que recomeça e provoca é sempre a Mel!
Mel tem medo de sombras, late muito para elas, principalmente no teto.
Dia de banho com o Nego, dorme o dia todo; dia que sai para a rua, descansa o dia todo; dia que brinca com a Estrela, nem se fala!
Minha companhia para tudo, foi das melhores coisas que me aconteceram no último ano!!
Obrigada, Melzinha, vulgo Mellanie, Melissa, Melanina, por sua companhia em todas as horas e por seu carinho incondicional!!
Amo você!!




É tudo Amor demais!!
Como eu não tive um cão antes??


2 comentários:

  1. Amei essa ultima foto.Fico orgulhosa de ter participado de suas experiências com suas amiguinhas de 4 patas. Momentos alegres e tambem tristes qdo vc teve de se separar da Perola e da Estrela. Resumindo tudo,
    momentos memoráveis de mto carinho, companheirismo, cuidado e mta emoção. Rejane

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    1. Também acompanhei seus momentos, Rejane!
      Como a gente se apega!
      É muuito amor!!

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