
"Estou aqui,
Arrumando a casa, as gavetas, os armários.
Tanta coisa guardada.
Tanta coisa que não cabe mais.
Roupas que não me identifico,
Papeis esquecidos,
Remédios vencidos.
Arrumo a casa, as gavetas, os armários.
Quanta bagunça!
Porque para arrumar é inevitável bagunçar!
Tirar do lugar, jogar fora, doar, desapegar!
Arrumo, assim, também a minha vida!
Jogo fora o que não presta,
Desapego do que não me identifico,
Dôo pedaços de mim que se encaixam no outro.
Arrumo a casa, as gavetas, os armários.
E esta casa sou eu. Uma extensão do que sou e do que represento.
Não guardo mais aquilo que me feriu!
Minhas gavetas estão limpas, organizadas, renovadas.
Ficou apenas o essencial: histórias, pessoas, memórias.
Arrumo a casa, as gavetas, os armários.
E no meu armário, agora, só entra o que tem coerência para mim.
Não quero atender às suas expectativas.
Quero ser fiel ao que me faz seguir.
A minha lógica não é a mesma que a sua.
E não há problema algum.
Porque quando arrumo a casa, as gavetas, os armários,
arrumo também a minha vida.
Uma desordem programada que me liberta de amarras e me faz ter entusiasmo
para prosseguir.
Arrumo meu espaço criando liberdade para entrar
tudo que minha coragem provocar!
Arrumando, assim, a casa, as gavetas, os armários,
A minha vida!"
Kellen Castro
Amei o texto. Pura verdade.
ResponderExcluirTambém amei! Foi a Inácia, minha professora de yoga, que me enviou.
ExcluirSó não sei quem me respondeu...
Preciso e tenho que arrumar minha alma....
ResponderExcluirSempre rearrumando...
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