Meu segundo namorado tinha 16 e eu, 9. Era primo do meu primo. Eu usava uns óculos quadrados horrorosos e tinha cara de menino. Era uma paixão! Coisas de criança marcadas na alma da gente. Pura fantasia.
Mas o meu primeiro namorado mesmo, daqueles de levar em casa para conhecer os pais, apresentar pros amigos, etc, foi no Colégio Dom Silvério, assim o chamávamos na época, hoje o chamam de Marista. Foi quando surgiu minha primeira poesia. Eu podia ter uns 13 anos. Ainda me lembro dela:
De repente
Me vejo
Com a minha mente
Cheia de você.
Subitamente
Me vejo
Um pouco carente
Querendo você.
Estupidamente
Me vejo
Como incoerente
Seguindo você.
No inconsciente
Me vejo
Assim loucamente
Amando você.
Repentinamente
Me vejo.
E perdidamente
Só quero você.
E ainda assinava como "Pequena".
Que conste que este namorado continua meu amigo até hoje.
Depois dessa, vieram seiscentas mil poesias de adolescências, as quais estavam em meu poder até há pouquíssimos anos. Não sei por que cargas d'água me deu de me desfazer delas.
Parte da minha vida.
Fiquei pensando neste blog. Em vez de reativá-lo, havia pensado em iniciar um outro.
Dei uma guinada na minha vida emocional, e me parecia que estava tudo muito diferente para ter uma continuidade.
Mas, não!
Percebi que a vida É este continuum, e que tudo sou eu, esta e aquela.
Evoluindo.

Qualquer dia vou postar coisas sobre vôos.
Continuamos aqui, com a Graça de Deus!!
Paula Mendes
21/03/2019
Precoce vc, não ?
ResponderExcluirMas a poesia é linda. Que idéia se desfazer delas, 'pequena'. REJANE
Não sei o que me deu!!!
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