O que escrever neste dia de hoje? Parece que não há nada a
dizer. Mas há, com toda a certeza...
Dia triste para nós,
mas, como disse a Patrícia, o céu está em festa. E sabemos que Deus sabe de
todas as coisas. Entregamos a vida da Verinha em Suas mãos e Seus braços
misericordiosos.
E como diz a Maria Cristina, só temos a agradecer pela sua
vida e pela oportunidade que tivemos de conviver com ela.
Os outros primos que me perdoem, mas Paula Grande é minha
prima do coração. Mas sei que eles, os primos, sabem do meu amor por eles
também, e que hão de me perdoar. Isso porque tivemos o privilégio de conviver
muito, desde quando morávamos no mesmo prédio, o prédio da vovó Stella e do
vovô Arnaldo. Arnaldo, Verinha e sua família, Nena, Paulo e sua família, e meus
avós paternos – época de que trago muitas lembranças! E sua mãe, Paula, parte
no dia em que comemoramos o seu nascimento e a sua vida.
Hoje honramos também a vida dela.
Muitos irmãos de meu pai residiram também naquele apartamento
conjugado com o de meus avós.
Minha mãe e a Verinha conviveram muito e ficaram amigas. As
duas foram inclusive colegas no Instituto de Educação, coisa que minha mãe não
lembra, mas Vera, sim, se lembrava. Mamãe fazia festinhas de aniversário para
nós, e sempre contava com a ajuda dela, descia para o primeiro andar e ajudava
a fazer sanduíches e outros quitutes. Era sempre muito disponível, alegre.
Aliás, essa era uma de suas virtudes, a alegria, além da
bondade e disponibilidade.
Sempre foi muito despachada, decidida, falava o que pensava,
não ficava com nada ‘atravessado’. Era uma pessoa intensa. Nas festas da
família, provocava a todos com suas brincadeiras e sua alegria.
Certa vez ficou comigo no hospital, na época em que eu estava
mais grave, e resolveu me colocar no sol. Para isso, moveu a cama até a janela.
Neste dia eu não estava nada bem, acabei dando trabalho para ela, tivemos que
chamar um médico etc.
Verinha sempre me telefonava, não só nos aniversários, sentia
que ela gostava de mim, e a recíproca é certamente verdadeira. Fazia cachecóis
para nós e as meninas, Stella e Diana; fazia lindas caixas para elas guardarem
maquiagem ou o que quisessem.
Tinha uma veia artística inquestionável. Aprendia técnica,
com o que fez um oratório para cada uma das famílias; lindos!! Sua casa era
cheia de quadros e ornamentos. Além disso, cozinhava muito bem, fazia um fios de ovos como ninguém! Mas foi
trocando a cozinha por outro tipo de arte.
Gostava também de muitos brincos e anéis, de se enfeitar.
Verinha vai deixar muita saudade, uma saudade que no começo,
agora, dói, dói, dói; mas com o passar do tempo, sei que se tornará uma saudade
gostosa, com muitos casos pra contar. Sua vida se perpetua nas filhas, nos
netos, na sua arte.
Esperamos que os corações de sua família, Olguinha e filhos,
Arnaldo, por cujo restabelecimento oramos, Paula e Paulinho, Gabriel, Ruth e
Patrícia, sejam confortados, assim como os nossos próprios. Nossa fé nos
sustenta e nos dá a certeza de que agora ela está na casa do Pai, em companhia
de D. Vera e os demais familiares que já se foram.
Sim, hoje tem mesmo uma festa no céu, Patrícia!
Vá em paz, querida tia!!
Paula Mendes, a ‘Paulinha’, Paula Pequena, como ela me
chamava.
30/06/2021
Que lindo minha 🌹, vá em paz 'querida tia Vera' que a 'saudade gostosa' chegue logo ao ❤ de todos vcs. Fiquem bem. ❤❤❤
ResponderExcluirAmém, minha querida!
ExcluirLinda homenagem. Ela está em Paz, com toda a certeza.
ResponderExcluirSim, Sidnei, obrigada!
ExcluirPura verdade Paulinha. Mas ainda dois dói dói.
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