terça-feira, 1 de dezembro de 2020

A espera - E como começar dezembro...

 

COMO COMEÇAR DEZEMBRO

 

Este foi um ano de esperas. Esperamos a pandemia passar, as coisas melhorarem, o comércio reabrir, a vacina surgir.

Mas, sim, a vida não parou; nunca pára. Temos que esperar vivendo, realmente.

Hoje ganhei meu dia. Levantei cedo, o que não é meu costume, porque um rapaz da NET veio resolver um problema de internet. Nesse ínterim, o Celestino, síndico do meu prédio, me convidou a plantar uma árvore, pensem bem! Mas que agradável surpresa!!

Fazendo um aparte, o que eles não sabem, o Celestino e a Deborah, sua esposa, é o quanto os amo e admiro. Que prazer é fazer parte de seu rol de amigos e ser sua vizinha. Deus me deu a gentil oportunidade de conviver harmoniosamente com vizinhos de mais cinco apartamentos além do meu, num condomínio bem pequeno e simples. Não desejo mais do que isso. Quem desejaria? Paz e harmonia, amizade, isso é tudo!

Bem, mas dizem que na vida se deve ter um filho, escrever um livro e plantar uma árvore. Já tive a oportunidade de plantar uma ameixeira no sítio da minha amiga Marialice, mas ela, a ameixeira, não vingou; foi uma pena! Enfim, tive uma filha linda e adorável e ontem recebi da editora a mensagem de pré-venda do meu livro. Mas que emoção, e que felicidade!! Hoje inicio o dia plantando uma árvore. Uma árvore com história, como deve ser. Tudo tem sua história.

Celestino me falou de seu sogro, Sr. Paraízo, que gosta de antiguidades. Tudo de boa qualidade, e tudo com uma história por trás; é disso que ele gosta. Acredito que as coisas trazem consigo uma energia. Que sejam boas, espero.

Pois bem, trata-se de um “Pau Ferro”, uma árvore encontrada no Brasil e na Bolívia, que tem a copa rendada e deixa o sol passar por entre suas folhas. Meu querido vizinho ganhou a semente da planta de um aluno, há algum tempo. Plantou-a no Morro do Chapéu, onde Sr. Paraízo tem um terreno, e onde minha primeira cadelinha, a Pérola, está enterrada juntinho com outras cachorrinhas que o lindo casal já teve. A árvore não cresceu muito, pois o terreno tem muito minério, a raiz não consegue penetrá-lo e ficou ali somente onde tinha terra. Queríamos muito plantar uma árvore aqui atrás no prédio; temos uma, mas tivemos que podá-la quase por completo, pois quando ela dá frutinhos, os morcegos aparecem e sujam toda a área de trás do prédio com suas fezes carregadas de sementes, além de entrarem e saírem do apartamento dos vizinhos, sem cerimônia alguma.

Enfim, plantamos a árvore. Vai substituir a outra.

Ficamos ali fora batendo papo, jogando conversa fora e sonhando. É do sonho que nasce a realidade, é com planos que as coisas se transformam. Quem sabe um dia faremos um banheirinho ali fora, para os funcionários ou para quando resolvermos fazer um churrasquinho com a galera. Um tanque para a limpeza. Quem sabe, ainda, construiremos pequenos banheiros ao lado deste primeiro, um em cima do outro, até o terceiro andar, fazendo o nosso quarto, o maior do apartamento, se transformar em uma suíte... Quem sabe, quando trocarmos as janelas para alumínio, eu faça uma porta que comunique meu quarto, que fica no térreo e no fundo do prédio, com esta gostosa área externa...

Acabamos querendo arranjar vasos maiores, bem maiores, de concreto, para replantar as plantinhas que temos ali fora: dois pés de mexerica, dois abacateiros, duas plantas com folhas coloridas que não sei nomear, uma pitangueira. E, ainda, replantar uma das árvores plantadas ali em um vaso, no passeio, do lado de fora do condomínio...

Como é bom sonhar! E fazer acontecer. Esperar o ano passar, vivendo. Na esperança.

Passamos então a falar de pés de jaca. No clube Albert Scharlet, que frequentávamos na infância, eu e minha família, localizado em Sabará, tinha muitos deles. E o doce de jaca era um dos preferidos do meu avô, em calda. Celestino falou de alguém que o fazia cristalizado.

Daí partimos para sabores exóticos, comidas indianas e tailandesas. Aquele sabor que "nunca senti", o interessante da novidade. Chegamos a viagens à Índia e tudo o mais.

As histórias compõem nossa própria história, fazem uma renda rica, como as folhas da árvore que plantamos, entremeadas pela nossa própria luz, perfazendo nossa personalidade.

Começo o dia, e começo este dezembro, brindando à amizade, que deem frutos, ou folhas viçosas em nossas vidas, pois não há coisa melhor neste mundo!

Obrigada, Celestino! Que alegria!

 

Paula Mendes

01/12/2020


8 comentários:

  1. Ô minha 🌷 mais linda e perfumosa...que coisa mais linda...queria ter seu dom de colocar os sentimentos em palavras...receba o meu abraço com todo amor, carinho e gratidão desse mundo. Nosso cantinho é muito especial mesmo. Viva nossa amizade!!! Amo vc demais da conta ❤🌷🥰

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  2. Eu começo dezembro começando os planos para janeiro! Renovar é muito bom. Já tô com a cuca em 2021. Bjos!

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  3. Beijos, mas calma lá! Ainda tem dezembro inteiro pela frente!! 31 dias, viva cada um por vez!!

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  4. Querida Paulinha. Que palavras mais doces. Não poderia ser diferente vindas de você. É um prazer enorme ser seu amigo e vizinho. Que nossa árvore cresça saudável e bela e que sirva para nos unir com laços cada vez mais fortes. Vamos continuar sonhando e contando nossas histórias principalmente regadas com aquele cafezinho ao pé da janela. Obrigado por existir em nossas vidas.Bjs

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  5. Paula como você dá leveza em tudo que escreve,adoro ler tudo seus textos. Seus pensamentos são nossas vidas, e o que coloca no papel é nosso cotidiano. Nos presentei sempre com seus posts

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  6. Obrigado pela leitura de seu belo texto. Beijos, prima.

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