Se me perguntarem quem sou, talvez eu me demore na resposta.
Não por não saber, mas porque carrego em mim tantas versões de mim mesmo.
Sou o menino que colecionava sonhos no bolso, o homem que aprendeu a escutar o silêncio e o poeta que vive entre as margens do sentir e do dizer.
Sou feito de instantes que ficaram,
de memórias que ainda ecoam no peito,
de gestos que nem sempre se explicam, mas dizem tudo.
Sou o que escrevo, mas também o que calo.
Sou o que ama, o que espera, o que se reconstrói depois das quedas.
Não me defino por um nome apenas,
mas pelos olhares que toquei,
pelas palavras que ofereci
e pelos caminhos onde deixei parte de mim.
Se me perguntarem quem sou, direi:
sou alguém em travessia,
buscando sempre o sentido mais profundo
das palavras, da vida, e do amor.
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