Quando eu vi, já eram cinco da tarde
Quando eu vi, já era domingo
Quando eu vi, era noite ao invés de dia
E quis alimentar os pássaros na hora de se recolherem
Quis retornar telefonemas em torno da meia-noite
Lembrei-me do iogurte à hora em que se deveria deitar
Quis dar bom dia antes de adormecer
Inteirar-me do dia antes do dia começar
Tomar o desjejum no período do almoço
Adormecer com o sol a pino
Almoçar na hora do lanche
Quis realizar transferências fora do horário dos bancos
E surgiram-me purpúreas olheiras
- Testemunhas da noite -
Mas também a felicidade de poder ser livre
De não ter que viver na “fôrma”
E seguir consoante meu ritmo próprio
Vida afora, uma desadaptada-adaptada...
Paula Mendes
10/01/2021
Uma vida sem relógio....
ResponderExcluirkkkkk isso aí...
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