A normalidade do cotidiano deu lugar a novidades, adaptações,
criatividade. Já se fala em um ‘novo normal’. O distanciamento, a lavagem das
mãos e das roupas, limpeza dos sapatos e também das compras; o trabalho feito
de dentro de casa, um verdadeiro homework; aulas on-line; o serviço de entrega e assim
por diante. Novas noções de higiene.
Ultimamente, acompanhando as notícias do mundo, vejo uma
crise intensa, em todas as vertentes.
Há queimadas nos EUA, há queimadas no Pantanal, na Bahia, na Amazônia. Espontâneas e provocadas.
No Brasil, há a corrupção que não deixa que se preocupe com o meio
ambiente, é a economia sobrepujando o bem estar social, a moralidade, a ética,
a vida.
O clima se destempera. Animais morrem queimados, baleias vêm
morrendo encalhadas, em grande quantidade. Elefantes em grande número são
dizimados por uma bactéria.
Há crises de refugiados em vários lugares, e na Europa já se
fala em compartilhá-los entre os diversos países.
Isso para não falar o óbvio: há uma pandemia adoecendo o
mundo inteiro, todo o nosso planeta, sem poupar raças ou classes sociais.
No Rio de Janeiro, a ‘cidade maravilhosa’, há uma crise de
corrupção sem precedentes, iniciada há anos.
Temos ex-governantes presos, deputados sendo investigados, até mesmo o atual presidente da república. Ao mesmo tempo, a impunidade reina. A justiça tarda; a justiça falha.
Há índios morrendo, não apenas pela pandemia.
Há pedidos de afastamento do ministro do meio ambiente. Há trocas de ministros em profusão.
Em Minas, há barragens com iminente rompimento. Tragédia anunciada.
Há fumaça alcançando o Rio Grande do Sul e inclusive países
vizinhos aos nossos, provinda dos incêndios acima citados.
Há desemprego; fome; pobreza.
Há um caos na saúde e na educação.
Há violência por parte de policiais, com mortes de algumas de
suas vítimas, e protestos por todo o mundo.
Há a negação da pandemia por parte de governantes e também
da população, que se aglomera como se nada acontecesse.
Há uma guerra comercial. Há um iminente colapso econômico.
Há uma falta de valorização da vida.
O mundo está fechado para reforma; fechado para balanço.
Parece que o homem fechou as portas para si mesmo.
Digo balanço, pois muitos de nós estamos redescobrindo o valor de muitas coisas; do apego material, das relações interpessoais e de trabalho; da família; da saúde e da vida.
O lado oposto valoriza a vida e
os direitos humanos.
Fechou as portas, ficou em casa, mas se abriu para uma nova realidade, novas perspectivas. Para a autodescoberta.
O lado oposto ao primeiro aqui mencionado está aberto a
mudanças; aberto a novas ideias e a novos ideais. Necessários.
O universo nos obriga a ter novas metas, novos objetivos. Um outro olhar. O próprio homem nos obriga a isso.
Nosso mundo, assim como o conhecemos, ao mesmo tempo em que está fechado para visitas, está aberto
a novos visitantes, me refiro aos jovens que nascem com uma nova ética, uma
nova moralidade; que usam a criatividade para buscar novas soluções para o
planeta, para a vida, para o ser humano, para o universo. Para a política.
Deste lado oposto, estão os buscadores. Aqueles que oram e que
vibram uma energia contagiante, que ensinam o que sabem e que aprendem com o
novo. Uma energia de cura. Uma energia do bem.
Há uma preocupação com a vida como um todo; com o meio
ambiente, com os animais selvagens e também com o modo com que os animais são
criados e tratados. Como a agricultura é realizada.
Há a preocupação com os direitos humanos, e também com os deveres.
Há a reciclagem. Há a sustentabilidade. Há o tratamento de esgoto e do lixo. Há energia eólica e solar. Há tantas outras descobertas e criações.
Há a pesquisa e a busca pela vacina.
Há uma reação à corrupção.
Há solidariedade entre raças e povos.
Algo está sendo construído; por outro lado, muito é
desconstruído. Construção e desconstrução, lado a lado. Coexistem, simultâneas. É o homem contra o homem; ainda, é o homem a favor de si mesmo. Dubiedade eterna.
Dizem que a Nova Era já começou faz tempo; e que a ‘velha era’
está morrendo. É a substituição gradual de antigos modos de se viver e se pensar.
Repensamos a vida. Fazemos novas escolhas. Buscamos novas soluções.
Tiramos novas conclusões.
Ao mesmo tempo em que estamos fechados para balanço, para
reforma, estamos abertos à novidade que adapta, que cria oportunidades e a novas
correntes de pensamento.
É uma crise. Uma tempestade, sem sombra de dúvida. Sabemos no entanto que depois dela, vem a
bonança. Depois de toda crise, uma solução.
Há que se ter paciência, serenidade, sabedoria, renúncia.
Há que se ter preocupação com o outro e consigo mesmo.
Cuidados.
Há que se ter cuidado. Muito cuidado.
Cuidado com o planeta; com a saúde.
Cuide de você e de sua casa. Aguarde. Ao mesmo tempo, faça acontecer. Tenha iniciativa. Faça a diferença. Dê o primeiro passo. Seja o exemplo a ser seguido.
Há um horizonte. Há esperança.
Aproveite e faça um balanço interior; reforme sua vida; renove seus
valores.
Busque um outro ponto de vista. Navegue em outras águas.
Crie um ‘novo normal’.
Que seja luz para a sua vizinhança. Dela estamos todos
precisados.
A Terra agradece. A hora é agora.
Paula Mendes
24/09/2020
Uau!!! Que texto!!! A medida que fui lendo me recordei de uma passagem : Habacuque 3:17-18
ResponderExcluirMesmo não florescendo a figueira, não havendo uvas nas videiras; mesmo falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras, nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos,
ResponderExcluirainda assim eu exultarei no Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação.
Habacuque 3:17,18
Saudades, Jaque!!!
Bom dia minha 🌷 simplesmente fantastico. 👏👏👏👏
ResponderExcluirObrigada, meu bem!!
ExcluirNessa nova vida sem dúvidas deixará marcas que perpetuará por milênios. E nós seres humanos vamos nos adaptando ao novo habitat natural. Exxente texto Paula!
ResponderExcluirObrigada! Mas não sei quem comentou...
ExcluirQue tenhamos a graça de fazer as nossas reflexões iluminados pelo Divino Espírito Santo! Amém! Bjs Paulinha
ResponderExcluirAmém!
ExcluirMuitíssimo bem colocado Paula!!! Ótimas reflexões!!!😘
ResponderExcluirMuito obrigada, Ivone, saudades!
ResponderExcluirIncrível!!!!!
ResponderExcluirVocê é que é incrível, Stellinda!!
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