Depois de um ano inteiro de papos profundos e olhares
trocados, o primeiro beijo que nos demos, eu e o pai de minha filha, foi no dia 21
de dezembro. Em fevereiro, já me achava grávida. Uma concretização inconsciente
de tantas conversas sobre filhos.
Grata surpresa!
Sempre quis ter uma filha chamada Stella, mesmo nome de
minha avó, uma das minhas referências de vida.
Uma resposta, inclusive, aos chamados do meu relógio
biológico.
Fui mãe; sou mãe; continuarei sendo até que meus dias se
esvaiam.
Ser mãe é rir, ser
mãe é chorar.
Rir de nervoso, chorar de emoção. Chorar de preocupação ou
de tristeza, de cansaço; rir de pura felicidade, rir de amor.
Ser mãe é, antes de tudo, querer a felicidade do filho. É
querer protegê-lo dos perigos, da tristeza, do sofrimento. Mas é também saber
que ele terá que passar por isso. Viver a própria vida. Levar os próprios
tombos. Ter o seu próprio aprendizado.
Dizia Clarice Lispector que à medida que os filhos crescem,
a mãe diminui. Pura verdade.
Ser mãe é criar para a independência, para os próprios
pontos de vista. É ensinar a refletir criticamente, pesar prós e contras,
decidir.
Ser mãe é dar exemplo.
Ser mãe é criticar, brigar, repetir infinitamente, ser
chata. Por de castigo.
É encher de beijo, dar comida na boca, mimar, fazer o filho
pagar mico.
É querer abraços e não ter. Querer a presença e não ter.
Desejar presentes e não ter. É ganhar abraços, a presença e presentes quando menos espera.
Indignar-se com o que de ruim lhe acontece, alegrar-se com
as alegrias e conquistas.
É incentivar.
Ser mãe é trocar fraldas, passar noites sem dormir, dias sem
comer, sem tempo de ir ao banheiro. É ir trabalhar com o coração na mão.
É ensinar a trocar de roupas, amarrar os sapatos, limpar o
bumbum, tomar banho sozinho.
É ensinar a se enfeitar, a se respeitar, a gostar de si e
saber o seu verdadeiro valor.
É levar ao médico, dar vacinas, dar conselhos. Curar ressacas, ceder o ombro.
É fazer o dever de casa junto, passear, se divertir.
É ensinar a cozinhar.
A respeitar as pessoas.
Ser mãe é querer acertar, e mesmo assim, errar muito! Todas
erramos! Pela falta, pelo excesso. É dar o melhor de si.
É sofrer duras críticas. É ter dúvidas, muitas dúvidas. É sentir ciúmes.
É sofrer duras críticas. É ter dúvidas, muitas dúvidas. É sentir ciúmes.
Ser mãe é ser referência. É usar a referência de sua própria
mãe.
É amar mais do que a si mesma.
Ser mãe, só quem é mãe sabe o que é.
Mas existem aquelas mães que adotam os sobrinhos, que adotam
crianças abandonadas, que adotam amigos dos filhos, que adotam os filhos dos
amigos. Que adotam amigos. Genros e noras. Que assumem os cuidados dos irmãos. Existem as avós que adotam os netos. Existem os pais que são “pães”, solteiros ou não.
Ser mãe é cuidar com este amor
característico, é chorar junto, rir do lados deles, alegrar-se por eles.
É se gabar dos talentos do filho.
É estar atenta, todo o tempo e estar presente o tempo que
for possível. Crescer e amadurecer com a nova geração.
É ser Maria.
É perdoar setenta vezes sete. É cobrar mudanças. É punir com
amor.
É amar, amar e amar.
Ser mãe é padecer no paraíso.
Sem mais.
Paula Mendes
11/05/2019
A TODAS AS MÃES, MINHA HOMENAGEM!
Mãe é puro amor.
ResponderExcluirVocê também é meio mãe...
ExcluirBrilhante como sempre amiga. Porém tem um pequeno senão. Nunca mais dormimos sem uma mosquinha atrás da orelha. Uma preocupaçãozinha. Rejane
ResponderExcluirPura verdade, Rejane!
ExcluirConcordo plenamente qrida. E q belo texto! Parabéns! 😘Márcia Vital.
ResponderExcluirObrigada, minha querida!!
ExcluirPaulinha maravilhosa mãe!Que texto lindo e verdadeiro;real e doce ao mesmo tempo!Amei!😍😘❤🌹
ExcluirObrigada, mas você não se identificou
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Lindo!
ResponderExcluirRelendo...lindo como vc. Parabéns minha 🌺 pela mãe e pessoa maravilhosa que é. Amo vc ❤😚
ResponderExcluirAmo você também, minha flor!! Obrigada por fazer parte da minha vida!!
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