sexta-feira, 25 de maio de 2012

Ao meu grupo de miastenia gravis do facebook e yahoo


Amigos, 
Queria compartilhar com vocês uma alegria. 
Hoje consegui ir andando até o supermercado aqui perto de casa, só com a bengala para me ajudar nas subidas e degraus. São 5 ou 6 quarteirões, fui devagar e numa boa.
Pra quem já me conhece, sabe que já passei 2 anos inteiros na cama sem conseguir nem me virar de lado, tinha que ser virada por lençóis e tinha espasmos muito dolorosos. Fiz uso de morfina, cheguei a ficar dependente quimicamente, tive abstinência na retirada, foi uma luta. Reaprendi a me assentar, depois andar, mas vinha saindo só de cadeira de rodas até há alguns meses, e mesmo assim me cansava de ficar poucas horas assentada.Minhas costas são o que mais se cansam. Tentei diversos tratamentos, toda a literatura médica literalmente, tomei corticoide, azatioprina, leukeran, ciclofosfamida, micofenolato de sódio, ciclosporina, rituximabe, imunoglobulinas, plasmaférese, fiz a timectomia, e já tomei até 3 desses medicamentos associados. Dei mto trabalho pro meu neuro rsrsrs...
Estou dizendo isso tudo para que seja mais fácil entender a extensão do que quero dizer.
Uma vez fui levar minha filha à psicóloga e ela me perguntou assim: "mas você foi fazer logo uma doença auto-imune??" Fiquei muito incomodada com aquilo, e até com raiva; então ela achava que eu tinha FEITO aquela doença? Não me sentia parte do processo e, sinceramente, uma vítima do destino ou de algo que seria inevitável. Não que não tenha aceitado bem, sempre fui muito alegre, mas isso é uma outra história.
Pois bem. Conversei com meu psiquiatra a respeito daquilo, e ele falou das doenças psicossomáticas, que se chamam assim pelo fato de nós, médicos, não entendermos o mecanismo específico que leva ao adoecimento até grave, físico, mas intimamente
relacionada com fatores psicológicos como estresse, traumas, etc. Então, no meu entender, era uma doença física modulada por fatores psíquicos, tudo bem.
No ano passado, entretanto, comecei a receber sessões de Reiki, com uma espécie de psicoterapia antes da aplicação, mas nada de lidar com passado, dores, etc, e sim um modo de aprender a pensar de forma positiva e com fé em mim mesma - e em Deus, claro.
Dizem que a FÉ move montanhas. O ruim do ser humano é que a gente sempre acredita duvidando, não é mesmo?? Fé verdadeira e sem questionamento, poucos de nós temos.
Entretanto, apesar de manter o mesmo tratamento medicamentoso, com a experiência de acreditar na minha capacidade de moldar minha própria saúde, comecei a melhorar, a andar mais, tomar banho em pé, ficar mais tempo assentada. Simples assim. Comecei a fazer um trabalho comigo mesma de me sentir dona de meu próprio destino e de minha felicidade. Nada de ser vítima de nada que seja. Converso com meu corpo e me visualizo cada vez melhor, com saúde - e não sem doença, ou curada, pois isso já traz em si a ideia da doença. Melhorei de uma forma impressionante. Voltei a piorar quando duvidei de mim mesma, fiquei de cama de novo, numa fase meio desanimada. Tinha parado o Reiki, pois estava boa. Bom, agora voltei e estou ainda melhor do que antes. Isso em 8 anos e meio nunca me aconteceu. Mantenho o tratamento médico, claro, tomo a ciclofosfamida e o micofenolato de sódio. Mas ando pelo shopping e me sinto normal. Sou ainda mais feliz e não podia deixar de compartilhar isso com vocês.
O adoecimento está diretamente relacionado com nosso íntimo psíquico e espiritual; a cura está dentro de nós, pois Deus está dentro de nós e não lá no céu, somente.
Desculpem-me se me estendi demais, mas foi a maneira que achei para dar o meu recado: ACREDITE EM SI MESMO E NA SUA CAPACIDADE DE SE CURAR. Você consegue. Trabalho isso comigo todos os dias, não é fácil, mas sei que estou conseguindo, um passo de cada vez.
Um beijo a todos.

Um comentário:

  1. Paulinha querida, parabéns pelo Blog. É isso mesmo, um passo de cada vez! Um grande beijo para vc!

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