sexta-feira, 25 de maio de 2012

Ao meu grupo de miastenia gravis do facebook e yahoo


Amigos, 
Queria compartilhar com vocês uma alegria. 
Hoje consegui ir andando até o supermercado aqui perto de casa, só com a bengala para me ajudar nas subidas e degraus. São 5 ou 6 quarteirões, fui devagar e numa boa.
Pra quem já me conhece, sabe que já passei 2 anos inteiros na cama sem conseguir nem me virar de lado, tinha que ser virada por lençóis e tinha espasmos muito dolorosos. Fiz uso de morfina, cheguei a ficar dependente quimicamente, tive abstinência na retirada, foi uma luta. Reaprendi a me assentar, depois andar, mas vinha saindo só de cadeira de rodas até há alguns meses, e mesmo assim me cansava de ficar poucas horas assentada.Minhas costas são o que mais se cansam. Tentei diversos tratamentos, toda a literatura médica literalmente, tomei corticoide, azatioprina, leukeran, ciclofosfamida, micofenolato de sódio, ciclosporina, rituximabe, imunoglobulinas, plasmaférese, fiz a timectomia, e já tomei até 3 desses medicamentos associados. Dei mto trabalho pro meu neuro rsrsrs...
Estou dizendo isso tudo para que seja mais fácil entender a extensão do que quero dizer.
Uma vez fui levar minha filha à psicóloga e ela me perguntou assim: "mas você foi fazer logo uma doença auto-imune??" Fiquei muito incomodada com aquilo, e até com raiva; então ela achava que eu tinha FEITO aquela doença? Não me sentia parte do processo e, sinceramente, uma vítima do destino ou de algo que seria inevitável. Não que não tenha aceitado bem, sempre fui muito alegre, mas isso é uma outra história.
Pois bem. Conversei com meu psiquiatra a respeito daquilo, e ele falou das doenças psicossomáticas, que se chamam assim pelo fato de nós, médicos, não entendermos o mecanismo específico que leva ao adoecimento até grave, físico, mas intimamente
relacionada com fatores psicológicos como estresse, traumas, etc. Então, no meu entender, era uma doença física modulada por fatores psíquicos, tudo bem.
No ano passado, entretanto, comecei a receber sessões de Reiki, com uma espécie de psicoterapia antes da aplicação, mas nada de lidar com passado, dores, etc, e sim um modo de aprender a pensar de forma positiva e com fé em mim mesma - e em Deus, claro.
Dizem que a FÉ move montanhas. O ruim do ser humano é que a gente sempre acredita duvidando, não é mesmo?? Fé verdadeira e sem questionamento, poucos de nós temos.
Entretanto, apesar de manter o mesmo tratamento medicamentoso, com a experiência de acreditar na minha capacidade de moldar minha própria saúde, comecei a melhorar, a andar mais, tomar banho em pé, ficar mais tempo assentada. Simples assim. Comecei a fazer um trabalho comigo mesma de me sentir dona de meu próprio destino e de minha felicidade. Nada de ser vítima de nada que seja. Converso com meu corpo e me visualizo cada vez melhor, com saúde - e não sem doença, ou curada, pois isso já traz em si a ideia da doença. Melhorei de uma forma impressionante. Voltei a piorar quando duvidei de mim mesma, fiquei de cama de novo, numa fase meio desanimada. Tinha parado o Reiki, pois estava boa. Bom, agora voltei e estou ainda melhor do que antes. Isso em 8 anos e meio nunca me aconteceu. Mantenho o tratamento médico, claro, tomo a ciclofosfamida e o micofenolato de sódio. Mas ando pelo shopping e me sinto normal. Sou ainda mais feliz e não podia deixar de compartilhar isso com vocês.
O adoecimento está diretamente relacionado com nosso íntimo psíquico e espiritual; a cura está dentro de nós, pois Deus está dentro de nós e não lá no céu, somente.
Desculpem-me se me estendi demais, mas foi a maneira que achei para dar o meu recado: ACREDITE EM SI MESMO E NA SUA CAPACIDADE DE SE CURAR. Você consegue. Trabalho isso comigo todos os dias, não é fácil, mas sei que estou conseguindo, um passo de cada vez.
Um beijo a todos.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Conjecturas Sobre a Pregação


Bom dia a todos!
Em primeiro lugar, gostaria de agradecer aos jovens irmãos o convite e principalmente a Deus pela oportunidade de estar aqui hoje com vocês.
Tenho muito o que agradecer!
Pelas mudanças que o Senhor realizou em mim, me fazendo uma pessoa melhor, nestes 8 anos de enfermidade ( hoje sou uma pessoa muito mais tranqüila, mais paciente e feliz);
Pelos muitos momentos em que Ele me carregou no colo, como no desenho do Smilinguido deitado e completamente entregue em Sua mão sustentadora;
Pelos momentos em que Ele me enviou seus anjos em forma de enfermeiras, me proporcionando consolo e conforto nas horas mais difíceis;
Pelo cuidado que Ele teve comigo através da família e dos amigos, especialmente o Pr. Márcio, Dalva e Vanita, representando a igreja e a quem devo toda a gratidão;
Pelas muitas vezes em que pude me imaginar deitada em Seu colo, quando o Senhor afagava meus cabelos, especialmente nas horas de dor;
Pelo cuidado e dedicação dos médicos;
Pela grande melhora de meu quadro.
Com toda esta sustentação que Ele me proporcionou, não pude me furtar ao dever de tentar pregar o Evangelho, mesmo que de uma forma silenciosa. Fiz o que pude para demonstrar que Deus agia em mim através da resignação, da aceitação de tudo o que Ele me propunha a cada fase, da gratidão, do sorriso na boca. Talvez não tenha feito muito, mas foi o que consegui fazer...
E o que quero falar hoje é justamente sobre isto, do nosso dever na pregação do Evangelho, de uma forma ou de outra.
Para isso, convido a fazer uma reflexão e a abrir nossas Bíblias na Iª Epístola de Paulo aos Coríntios, capitulo 9.






Conjecturas Sobre a Pregação

I Coríntios, 9:20-23
”E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivera debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei.
Para os que estão sem lei, como se estivera sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei.
Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns.
E eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele”

Andei conjecturando sobre a pregação do evangelho e as várias maneiras de se fazer isto. Somos Cristãos, conhecedores do Amor de Deus para conosco e de Seu sacrifício para nos salvar; diante disto, nada mais natural do que o desejo de transmitir esta Boa Nova às pessoas a nossa volta, especialmente àquelas de que a gente gosta e com quem a gente convive. Temos inclusive o dever ético e moral de fazer isto, como nos diz Paulo um pouco mais acima, no versículo 16:
I Cor 9,16 – Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação, e ai de mim, se não anunciar o evangelho!

Outro dia aconteceu uma coisa muito engraçada: eu esqueci em um taxi algumas compras que havia feito no shopping, e a única coisa de que me lembrava era o nome do taxista, que por sinal era Jesus (ou Jésus, mas não tinha acento na plaquinha dele) e o carro que ele dirigia. Pena que esse Jesus não voltou pra entregar as compras...
Pois bem. No dia seguinte, minha mãe foi ao ponto de taxi que fica ao lado do Diamond Mall e começou logo a perguntar aos taxistas se alguém o conhecia; para não perder a oportunidade, tinha um taxista que já estava saindo com um passageiro, quando ela chegou a sua janela e lhe perguntou: “Moço, o senhor conhece Jesus?”
O passageiro foi logo respondendo, muito educado: “Minha senhora, o sinal já abriu e estou com um pouco de pressa, não posso esperar...”
Nós rimos demais! Ele obviamente achou que minha mãe estava querendo pregar, e foi logo dando uma desculpa pra se livrar daquilo que lhe parecia uma ‘chatice’, ou no mínimo algo fora de hora... Bom, não era nada daquilo, mas faz a gente pensar, não faz?...
Tem certas maneiras pelas quais a gente não consegue ‘chegar’ nas pessoas... Para tudo existe hora, lugar e meios.
Paulo neste texto mostra como se fazia mais próximo de seu próximo, com toda a humildade, para se fazer entender e assim chegar a ganhar alguns (porque muitos são  chamados, mas poucos  escolhidos- como nos diz Jesus na Parábola das Bodas Mt 22:14 )...
Quando ministrava aos judeus, conformava-se às regras cerimoniais do Antigo Testamento, embora ele soubesse que estas questões não eram essenciais; quando ministrava aos gentios, Paulo dispunha-se a viver como eles, embora reconhecendo que não tinha a liberdade de desobedecer a Deus (isto ele deixou bem claro, que não estava sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo).
E assim por diante, seguindo o exemplo de nosso próprio Pai Celestial, que se fez mais próximo de nós fazendo-se Homem, para ganhar a humanidade e ensiná-la a ser partícipe de Seu Amor!...

Meu irmão viajou para a Argentina há pouco tempo e eu, talvez de saudade, acabei sonhando em espanhol. Não sei falar espanhol, sei ler porque minha profissão exigiu de mim; mas eu e meu pai acabamos criando o hábito de ouvir na TV a cabo o jornal nas mais variadas línguas, um dia em espanhol, outro em italiano, outro no português de Portugal, outro ainda em francês. Só mesmo ao alemão é que não deu para o ouvido se acostumar, mesmo tentando bastante; enfim, o ouvido acabava se deixando impressionar e a gente até que entende alguma coisa no final das contas. Era mesmo falta do que fazer, hábito criado na época em que fiquei muito tempo hospitalizada.

Bom, acabei pensando no meu irmão tentando se comunicar em país estranho, em língua estranha, cultura estranha. E nos estrangeiros de uma maneira geral, da dificuldade que eles enfrentam pra se comunicar e se fazerem entender.

Ocorreu-me em seguida um fenômeno que, usualmente parece, acontece nas igrejas pentecostais e neopentecostais e que não sei bem descrever, mas que se caracteriza pelo “falar em línguas”, manifestação do Espírito Santo. Fala-se em hebraico, aramaico, pelo que me disseram; coisas difíceis de interpretar. Não sei ao certo, este fenômeno não me é familiar. Mas sei que se trata de um dos dons espirituais descritos na Bíblia.

Resolvi então abrir em I Coríntios e ler um pouco sobre os dons espirituais, especialmente sobre aquele de ‘falar em línguas’. No capítulo 14, versículos 9 a 11, Paulo nos diz:
Assim vós, se, com a língua, não disserdes palavra compreensível, como se entenderá o que dizeis? Porque estareis como se falásseis ao ar. Há, sem dúvida, muitos tipos de vozes no mundo, nenhum deles, contudo, sem sentido. Se eu, pois, ignorar a significação da voz, serei estrangeiro para aquele que fala e ele, estrangeiro para mim”.
 E temos nossa responsabilidade cristã da pregação, de falar do amor desse Pai misericordioso e trazer esperança, consolo, edificando e exortando nossos irmãos. Sem mandar embora quem está ouvindo, criando resistências e antipatias que mais tarde só farão prejudicar o entendimento dadivoso disso que é o Amor incomparável que só o Senhor nos proporciona.

Imaginem, por exemplo, se fôssemos dar uma palestra para a ‘melhor idade’, utilizando a linguagem cheia de gírias dos jovens... Há que se ser coerente, não é mesmo?

E assim por diante, imaginemos em que “língua” deveríamos falar para uma platéia de analfabetos; ou de drogaditos; ou de eruditos... Ou, ainda, para pessoas de uma denominação cristã diferente da nossa. E se o ouvinte fosse de uma outra religião, que não tivesse a referência cristã? E se a platéia fosse uma turma de ateus ? Há que se adequar a cada situação...

Se a gente só fala na própria língua, sem sair um pouquinho de si para chegar ao outro, na referência dele, talvez a gente acabe é não se comunicando. E, se bobear, mesmo assim acha que está pregando. É preciso nos fazer entender, nos fazermos mais ‘próximos’ do nosso próximo, assim como Paulo o fez.
Então, em nosso próprio portuguezinho mesmo, que tantas vezes deixa muito a desejar, resolvi propor a ‘revolução’ do conceito de ‘falar em línguas’. E orar e pedir que o Santo Espírito de Deus possa ter em nós esta forma de manifestação, este dom de falar em línguas, na língua e na referência de quem ouve, para que possamos nos comunicar, para que também possamos ouvir e dialogar. E fazer a nossa parte como os cristãos responsáveis e sensatos que somos, respeitando profundamente (e sempre) a pessoa e os valores daquele a quem nos dirigimos; e ainda procurando aprender com isso...

Assim diz Paulo, ainda no capítulo 14, versículos 18 e 19:
Dou graças a Deus porque falo em outras línguas mais do que todos vós. Contudo, prefiro falar na igreja cinco palavras com o meu entendimento, para instruir outros, a falar dez mil palavras em outra língua”.
E, ainda, e mais importante:Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver Amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine(I Cor 13, 1).

Lembrando que o AMOR e o EXEMPLO são línguas muito mais universais do que qualquer Esperanto (propuseram há algum tempo o esperanto como uma língua universal, mas não chegou a ser adotado como tal...).

O exemplo fala por si só, fala sem palavras, às vezes chega a ser gritante. Como se diz, “Um exemplo vale mais que mil palavras!” O Amor é um princípio de ação; é uma questão de fazer algo pelos outros por compaixão a eles; e é pelo amor ativo de uns para com os outros que os discípulos de Jesus podem ser reconhecidos, como nos diz Jesus em Jo 13, 34-35:
Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros.”.
Que o Senhor nos abençoe em mais esta esperança, e nos conceda os mais diversos dons, a cada um conforme Lhe aprouver (a Ele), na unidade orgânica que é nossa Igreja, pois cada um é um membro do corpo de Cristo, e cada um tem seu dom, recebido de Deus... Que saibamos fazer bom uso deles, a exemplo de Paulo, para sermos também e cada vez mais participantes do evangelho – e mais próximos do nosso próximo!

Graça e Paz a todos, no amor de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Paulinha.
16/02/2012

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Carta ao Conselho da Segunda Igreja

Aos Amados Irmãos do Conselho da Segunda Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte Belo Horizonte, 10 de maio de 2012. Caros Irmãos, A Segunda Igreja tem sido parte importante de minha vida desde 1999, período em que aprendi a conhecê-los e amá-los de maneira profunda. Pude trabalhar aí, ajudar; pude ser ajudada de inúmeras formas. Cresci muito como pessoa e no conhecimento da Palavra. Por estes e outros motivos serei eternamente grata e meu amor pela Segunda Igreja como instituição e pelos membros individualmente assim também será eterno. Queria, entretanto, compartilhar com vocês que minhas crenças tem sofrido mudanças à medida que procuro meu caminho e estudo à procura das Verdades que, creio, neste plano não chegaremos a conhecer totalmente. Minha visão tem se tornado mais holística e espiritualista, motivo pelo qual, não sem o coração partido, peço minha exclusão como membro desta amada Igreja. Mas é que realmente não venho me sentindo confortável para escrever certas coisas, postar outras, que sei que diferem um pouco do que crê a doutrina Presbiteriana. Sendo assim, venho por meio desta oficializar este pedido, depois de mais de um ano de amadurecimento da ideia e conversações com Pr. Márcio, Pr. Jorge, Fr. Cláudio, entre outros. Sem mais para o momento, quero dizer que não me furtarei a visitá-los e que tem todo o meu amor em Cristo Jesus. Um grande abraço, já saudoso, e o desejo de que Deus esteja sempre com vocês em Graça e Paz, Paula de Castro Mendes

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Bem parece que fui eu que escrevi...

FASCINANTE PARA MIM É... Ter esperanças no amanhã Saber que após a noite vem o dia. Viver intensamente as emoções Pular de alegria... Pular de alegria... Não invadir o espaço alheio Ser espontâneo Apreciar o nascer e o por-do-sol Amar as pessoas incondicionalmente. Aproveitar todos os momentos Fazer trabalhos voluntários Vencer a depressão Confiar na voz da intuição Perdoar as pessoas Estimular a criatividade. Não se prender a detalhes Brincar feito criança Chorar de felicidade. Deixar para lá... Ter pensamento positivo Respeitar os sentimentos dos outros Rir sozinho. Saber trabalhar em equipe. Ser sincero. Encontrar a felicidade nas pequenas coisas Entender que somos pessoas únicas. É dançar sem medo... Não se apegar a bens materiais Respirar a brisa do mar. Ouvir a melodia suave de uma fonte Observar a natureza Adorar um dia de chuva Ter motivação! Enxergar além das aparências Descobrir que precisamos dos outros. Esquecer o que já passou Buscar novos horizontes. Perceber que somos humanos Vencer a nós mesmos Ver a beleza da alma. Vencer a passividade. Saber que a vida é conseqüência das nossas atitudes. Não procrastinar as decisões Mimar a criança interior Deixar acontecer... Praticar a humildade. Adorar o calor humano Curtir as pequena vitórias. Viver apaixonado pela vida. Visualizar só coisas boas Entender que há limites Ver a vida com outros olhos Mentalizar positivo. Ter auto - estima Colocar a sua energia positiva em tudo que realizar. Só se arrepender do que não fez. Fazer parceria com os amigos. Crescer juntos. Dormir feliz Emanar vibração de amor Saber que estamos só de passagem Melhorar os relacionamentos. Aproveitar as oportunidades Ouvir o coração... Acreditar na vida! Autor Desconhecido

quarta-feira, 14 de março de 2012

Sobre avós

Tem dias que a saudade aumenta e a gente desejaria que eles estivessem aqui; sei que estão, de alguma forma...

Tenho uma amiga que diz que ser avó é "ser mãe com açúcar"!

Não sei como é, ainda vou custar se Deus quiser, mas imagino que seja assim mesmo. Ser avó ou avô não traz consigo a responsabilidade dos pais; é mais curtir e 'estragar' os netos. Dar comida gostosa, fazer as vontades, achar lindo e paparicar. Dar educação pode até fazer parte, mas isso fica mesmo por conta dos pais.

Meus avós sempre foram 'show de bola'! Lembro-me de minha vó Maria preparando pra mim um café com leite quentinho e o pão saindo do forno, com a manteiga que ela mesma havia feito, enquanto meu avô Frazão me (re)acordava de dois em dois minutos, pra ir à aula. Lembro-me também da braveza do meu avô,tinha o pavio curto, mas depois vinha gostoso passar a mão na cabeça da gente e nos dar os 'suspiros' que ele guardava no quarto, uma verdadeira delícia aquilo tudo!

Minha vó Stella, não tinha explicação, era puro amor, meu exemplo de vida. Quem me dera se fosse um pouquinho parecida com ela!... Moramos bem ali na nossa infância, ao lado no apartamento cojugado com o deles. Fazia todos os mimos possíveis e desde sempre foi minha companheira de correr pra sua casa quando o mundo estava despencando. O outro avô, Arnaldo, jeito sério e meio ríspido pra esconder o coração mole. Sempre mais calado, mas ensinou as delícias do azeite e sempre fez parte de nosso cotidiano, com o modo ímpar de ser carinhoso. Levavam-nos pra passear e viajar. Já idoso, faleceu em meus (a)braços, em companhia de minha avó.

Recebi ainda a bênção de ter uma bisavó!! Vó Nezita, D. Inês de Castro. Era toda cuidados, gostava mesmo de corujar os bisnetos, com seu mingau de maizena sobre o qual a gente botava canela até não poder mais, e as farinhas que ela fazia pra gente, com nescau, leite ninho e neston. Com elas, a gente falava de boca cheia e espirrava tudo um no outro, era o máximo!! Vó Nezita era iluminada, evoluída, culta, lida, uma mulher que em sua época já trabalhava fora, sensacional!

Lembro hoje com tanto carinho e tanta saudade de tudo isso, vejo a casa com o pé de jabuticaba, as escadas, o quintal; os cachorros, as marrequinhas, em pleno bairro funcionários; do apartamento da outra, em mínimos detalhes, onde muito convivemos e sim, pressinto para além da imaginação, ser avó só pode mesmo ser uma coisa muito boa! E bisa, então, nem se fala!!

Meus pais curtem bastante os quatro netos. Levam minha filha pra viajar, ela dorme na casa deles, repetindo tudo de gostoso que é saborear a sua presenta, sorver o amor que têm pra dar e lhes trazer sua alegria, seu carinho, sua inocência de criança, renovando o movimento à casa e a certeza de que o amor existe e de que temos que fazer um mundo melhor.

O que posso recomendar às crianças da família e a todas de um modo geral, curtam muito seus pais, mas curtam muito seus avós, eles são uma dádiva de Deus, um jeitinho que Ele arrumou de estar presente fisicamente na vida de cada um de nós. E posso dizer que sim, pude curtir muito os meus, sou grata por isto!!

Paulinha
14/03/12

domingo, 8 de janeiro de 2012

Luiz Carlos e Maria - Homenagem às Bodas de Ouro

Fiquei me perguntando como poderia homenagear este casal admirável.
50 anos juntos é uma vida. Sal demais pra comer junto. Dá pra rir muito, dá pra chorar muito.
Guiados pelo amor, pela fé e dedicação mútua, esta dupla de educadores fez toda a diferença em inúmeras vidas, tenho certeza.
A começar pelas quatro novas educadoras a que deram origem, imaginem sobre quantas vidas foi exercida sua influência, direta ou indireta... Seja no São Rafael ou no Pestalose, em outras escolas também, seja através da imensidão de alunos que passaram pelas meninas, Andréa, Adriana, Luciana, Cristiana, e que passam até hoje. Formadores de personalidades, de opinião, de caráter, preparadores para a vida, vidas especiais em tantos sentidos.
Luiz Carlos, mantendo sempre o bom humor frente às adversidades - que sem sombra de dúvida só serviram pra unir ainda mais o casal - nunca deixou de me ligar pra contar uma piada. Tem a capacidade de tornar as coisas mais leves. Chapéu na cabeça, dedicado aos trabalhos do sítio, agora dedica-se quase que exclusivamente a Tia Maria. Dançar, caminhar, fazer visitas, a meu ver um marido exemplar. Pai, irmão, avô. Cúmplice e amigo. Bom coração.
Conhece todo mundo, impressionantemente, e sempre tem uma história pra contar.
Adoça nossa vida com o sabor de frutas frescas provindas do sítio, uma mais doce que a outra.
Tia Maria, família firmada na fé, na música, na união. Esposa igualmente exemplar e dedicada, mãe e pessoa positiva, perseverante, disposta a acolher e perdoar; muito dinâmica e à frente das coisas, sempre teve o dom da liderança, se doando às pessoas e ao trabalho. Boa filha e boa nora, mulher dedicada; mãe e avó. Alegre, disposta, trabalhadora, religiosa. Paciente e bondosa, nunca perdeu a fé e a esperança, soube pedir e soube esperar.
Sua família sempre esteve presente nos momentos mais difíceis das pessoas, transformando-os em música, influência do pai. Trazem beleza a qualquer momento da vida.
Destes 50, convivi com eles por 44 anos até então. Bem sei que a vida não tem sido nada fácil. Momentos entremeados de amor e alegrias também, renovadores de forças. Disto tudo, o que se pode tirar é o exemplo. O exemplo fala alto e permanece. O exemplo marca vidas e personalidades. Exemplo de amizade, de cumplicidade, de amor e dedicação, de bondade, verdadeiramente; e muita Fé.
O que podemos fazer é retribuir-lhes todo o carinho, dedicar-lhes orações permanentes, desejar-lhes toda a felicidade, força, saúde, serenidade e sabedoria, e com todo o amor encher a boca e o coração para dar-lhes os PARABÉNS!! Que o Senhor os abençoe ricamente e lhes dê tudo de que necessitam para uma vida plena.
Falo em nome de todos que os amam e têm o prazer de gozar de sua boa companhia e convivência. Amamos vocês!!
Paulinha 30/12/2011

Costurando a vida! – Fica-te tão bem o dia que trazes. Onde é que o arranjaste? – Fui eu que fiz. Já me aborreciam os dias sempre iguais, se...