sexta-feira, 22 de julho de 2011

Mudança

Muitas vezes Deus me acordou para orar. Rezar, meditar, entregar-me a Ele. Isso me fazia um bem imenso. Era como um estado de Graça.
Também quando fazia meditação, era uma paz aquilo!... Onde foi que me perdi?
Diversas vezes quis largar o curso de Medicina; não o abandonei, mas desde antes de me formar já me especializava em uma área que nada tinha a ver com a Medicina tradicional, a Homeopatia.
Outro mundo, lidávamos com energia. Estudávamos Ubaldi. Um grupo coeso e disciplinado de estudos, 11 integrantes, 10 deles espíritas kardecistas, dentre os quais me incluí. É isso. Comecei a freqüentar um grupo de fraternidade espírita, assistia a palestras, certa vez conversei com um, como vou dizer, aquela pessoa que fazia atendimento às pessoas necessitadas, então ele me disse que eu tinha uma tarefa a cumprir, bem parecida com a dele, e que eu sentiria isso com meus próprios pacientes... acho que não senti, não sei... sei que percebia muitas vezes o que o paciente sentia, e me achava doida, será??
Era ‘energia’ demais pra minha cabeça, por fim resolvi ser mais prática: entrei para a residência de psiquiatria e me tornei evangélica, presbiteriana. Tudo muito racional.
E Deus continuava me acordando para orar. Assim eu O entendia um pouco mais, talvez; com certeza O conheci mais, através do estudo da Bíblia, e isso foi muito gratificante e muito importante para mim, desde a época em que adoeci até os dias de hoje.
Muitíssimo grata sou a tudo o que a Igreja Presbiteriana pôde me conceder, o atendimento espiritual assíduo e dedicado, a amizade de tantos anos com o Pr. Márcio(!) e outros pastores; o amor que sinto pela igreja é grande, como instituição e pelos membros individuais em geral. Isso foi uma grande e importante dádiva de minha vida. Bom, a amizade não se acaba nunca...
Contudo, passei a questionar demais o radicalismo das igrejas evangélicas e um certo estreitamento de visão, no meu modo de ver. Aquele era sim um caminho, mas não o único, com isso eu não podia concordar, não iria me posicionar assim... Fui me distanciando, tanto até que um pouco de Deus, eu acho.
A Verdade era mais do que aquilo; as ‘religiões’ não podem abarcar toda Ela, não conseguem... há muito mais coisas entre o céu e a Terra... há vários caminhos que levam a Deus. Os dogmas estreitam a visão.
Não quero ser prisioneira de um paradigma. Quero ter liberdade de ir e vir, de pesquisar, de aprender e compreender, de questionar...
Se Deus existe e é um só, porque somente uma religião específica deteria toda a Verdade sobre Ele?
Não quero ter denominação religiosa.
Estudei por tantos caminhos, procurei Deus em todos eles e, sem dúvida, Ele estava ali - dentro de mim. Simples assim.
Não interessa a ‘cor da pele’...

Hoje, assim, começo a trilhar um outro; talvez um caminho de volta, mas uma volta com mais conhecimento, com mais experiência; entretanto, também, com um pouco de medo da entrega... tenho o desejo de não mais ser tão racional, de deixar a Energia fluir, voltar a sentir aquilo que era tão mágico, tão calmo, tão profundo, tão oceano. Até mais. Sei que este é meu caminho de cura.
O que passou, passou, ficou pra trás; não vou viver do passado, sofrer por ele, ele se foi; livro fechado. Abro um outro livro em branco, novinho em folha. Sei que hoje é o primeiro dia do resto de minha vida; piegas? Talvez. Mas é verdade! “Nunca é tarde demais para ser o que você poderia ter sido”, escutei num filme.
Comecei o caminho de cura. Cura não sei bem de quê, digo, não sei se da enfermidade(acho que sim também), mas sei que do espírito sim! A vida me parou porque eu precisava. Tenho medo de cometer os mesmos erros, daí o medo da liberdade... Ela traz consigo a responsabilidade.
Sinto como se recebesse uma segunda chance, uma dádiva.
Peço a Deus que me ilumine, que guie meus pés em Seus caminhos, porque tenho uma missão a cumprir, tenho um trabalho a fazer, apesar de não saber exatamente qual é.
Volto ao estudo de Homeopatia, tenho o Reiki no caminho.
Isto requer disciplina; requer entrega; requer paz. Deus fazer através de mim. É isso.
Começo uma nova etapa.
Paulinha
22/07/11

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