segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Lançamento do Livro - Sobre Viver


 

Olá, queridos amigos!

Tenho o imenso prazer de anunciar a pré-venda do meu livro nas livrarias brasileiras. Por enquanto, a editora e a gráfica ainda não o lançaram fisicamente.

Preparem-se!!

-Livraria Martins Fontes

-Livraria da Travessa

-Amazon (e-book)

-Kobo (e-book)

-Fnac Portugal (e-book)

-Google Books (e-book)

domingo, 29 de novembro de 2020

Os delírios verbais me terapeutam



"Certa vez, quando eu passava por um momento muito difícil, sonhei que seria operado do coração. Angustiado, eu pensava que não sobreviveria à operação. Não sei como fui parar ali, por quais caminhos andei ou fui levado. Sabia apenas que haveria uma operação e eu era o paciente a ser operado. De repente, adentra a sala de cirurgia o cirurgião. Ao vê-lo, meu medo desaparece, cheguei até a  sorrir... Pois o médico que me operaria era nada mais nada menos do que o poeta Fernando Pessoa! No  princípio, achei estranho . Mas  depois percebi que fazia sentido ser um  poeta o cirurgião de um coração  angustiado. Sem demora, o cirurgião-poeta abriu meu peito, mas não com bisturi : não sangrou , nem houve dor. Ele enfiou uma das mãos, porém não foi suficiente. Somente as duas mãos do poeta conseguiram tirar meu coração do peito : "Ele está pesado como um paralelepípedo! Preciso extrair o que lhe pesa”, diagnosticou o cirurgião-poeta. “O que lhe pesa não é coisa física, o que lhe pesa é a mágoa com o passado, a decepção com o presente, o medo do futuro e a descrença nos homens”, disse-me ele enquanto extraía tudo isso. Quando olhei para a mão do poeta,  meu coração estava minúsculo, parecendo uma semente salva de um fruto que perecia.  Protestei: “poeta, com esse coração pequenino não vou sobreviver!” O cirurgião-poeta então respondeu, terminando sua arte, sua “clínica”: “Ele está assim pequeno porque deixei apenas o coração da criança.” Após ouvir isso acordei, e não apenas daquele sonho,  já amanhecia. Queria registrar  o sonho e me virei para pegar caneta e papel. Então, algo que estava sobre meu peito caiu ao meu lado na cama, era um livro que adormeci lendo: “O Eu Profundo e os outros Eus”, de Fernando Pessoa."

Manoel de Barros



sábado, 28 de novembro de 2020

VIVENDO, APRENDENDO, EVOLUINDO... (... e aceitando a realidade de hoje)

 



Eu e minha mãe entramos para o grupo de meditação do Murilo. Ele faz uma leitura comentada e, depois, meditamos. Ocorre às quintas, de 21:00 às 22:30.

Uma das frases que repetimos interiormente é: EU SOU o ser ascensionado que desejo ser.  

Sim, é verdade, eu desejo ser um ser ascensionado. Vivemos para transcender. A ascenção é um fim; para se chegar a ela, há vários meios e cada um escolhe o que melhor lhe cabe e convém.  Desejo isso de todo o coração. Sempre desejei, desde que nasci. É bem verdade que, como a maioria de nós, tomei alguns caminhos tortuosos. Todos os dias, no entanto, resolvo que meu caminho a partir de agora será reto; direto ao alvo!

Quando percebo, olha os velhos costumes batendo à porta! Olha a preguiça de fazer meditação todos os dias e criar um novo padrão de hábitos, ainda que eu escreva num papel e abra um horário para fazê-lo... Olha o velho e conhecido tipo de pensamento se sobrepujando àquele que quero instalar em mim... Olha a velha compulsão de comprar... Esse tipo de coisa não bate à porta, já “é de casa”, vai entrando...

Essa a realidade de hoje. Acaba que a ansiedade toma conta de mim, porque quero viver um novo padrão e não estou conseguindo. Mas, calma! Muita calma nessa hora! Sei que as coisas se dão aos poucos, as mudanças obedecem a um processo, na grande maioria de nós. Não é como um milagre, mas com um esforço individual e persistente.

Sei, também, que milagres acontecem. Eles dependem, entretanto, não apenas de Deus, mas da fé do sujeito. Quanto a Deus, está sempre aqui, e aí. E acolá. O problema é a fé. Já dizia Jesus, “sua fé te salvou”... O problema é que costumamos acreditar-desacreditando, acreditar-desconfiando...

Meu texto está se enchendo de reticências. Sim, é para se pensar...

Por quê razão não cumpro meus próprios propósitos? Esbarro no meu ego. Quero o bem do próximo, mas penso no meu bem. Não que isso seja errado, é certíssimo pensarmos no nosso próprio bem, nos amarmos e nos respeitarmos a nós mesmos, nos perdoarmos, inclusive. Mas digo meu bem neste sentido egóico, egoísta mesmo, e ainda vem aquela preguiça de mudar, de dar mais um passo no caminho escolhido, porque saio da minha zona de conforto.

Não somos todos assim? Salvo alguns que focam na meta e se concentram, acreditam e vão em frente mesmo que a passos lentos, mesmo com todos os obstáculos. Não sou uma dessas pessoas, mas, ao mesmo tempo, sei que posso ser. Depende de mim. Depende de mim acreditar e fazer, pôr a mão na massa e não desistir nunca. Sei que há em mim uma vontade infinita. Se essa vontade for regada, alimentada, posta em foco, ela vai aumentar e criar frutos.

Há em mim também uma preguiça infinita. Se essa preguiça for reduzida a cada passo, ela pode se tornar finita e, por fim, chegar a um fim. Posso dar fim a ela, desconhecê-la.

Quero fazer isso porque quero amar. Quero me purificar e me iluminar para que, através de mim, a luz possa alcançar outras pessoas que dela necessitam e que a buscam.

Cheguei a este ponto meio atrasada, me parece. Tenho 53 anos e só agora descobri minha verdadeira vocação.  Revisar textos, escrever com algum conteúdo. Com amor, pelo amor e para o Amor. Cada qual tem seus talentos e sua vocação, por assim dizer. Com fé, mas com uma verdadeira fé, podemos acender aquela pequena centelha dentro de nós, por vezes negligenciada e alcançar aquilo tudo o que desejamos. O que desejamos não com o nosso ego, mas com nosso coração. E isso pode ter vários nomes, mas são todos desdobramentos do Amor.

Somos Um. Dependemos do Criador, dependemos uns dos outros e dependemos de nós mesmos.

'Temos a obrigação da oração e a responsabilidade do exemplo', foi com esta frase que acordei esta manhã, em minha cabeça.

Podemos fazer um mundo melhor!

Não sei dizer se fiz sentido...

 

Paula Mendes

28/11/2020

 

 

 

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Jeitos de amar




"No livro Prosa Reunida, de Adélia Prado, encontrei uma frase singela e verdadeira ao extremo. Uma personagem põe-se a lembrar da mãe, que era danada de braba, mas esmerava-se na hora de fazer dois molhos de cachinhos no cabelo da filha, para que ela fosse bonita pra escola. “Meu Deus, quanto jeito que tem de ter amor”.É comovente porque é algo que a gente esquece: milhões de pequenos gestos são maneiras de amar. Beijos e abraços são provas mais eloqüentes, exigem retribuição física, são facilidades do corpo. Porém há diversos outras demonstrações mais sutis.

Mexer no cabelo, pentear os cabelos, tal como aquela mãe e aquela filha, tal como namorados fazem, tal como tanta gente faz: cafunés. Amigas colorindo o cabelo da outra, cortando franjas, puxando rabos de cavalo, rindo soltas. Quanto jeito que há de amar.

Flores colhidas na calçada, flores compradas, flores feitas de papel, desenhadas, entregues em datas nada especiais: “lembrei de você”. É este o único e melhor motivo para azaléias, margaridas, violetinhas. Quanto jeito que há de amar.

Um telefonema pra saber da saúde, uma oferta de carona, um elogio, um livro emprestado, uma carta respondida, repartir o que se tem, cuidados para não magoar, dizer a verdade quando ela é salutar, e mentir, sim, com carinho, se for para evitar feridas e dores desnecessárias. Quanto jeito que há de amar.

Uma foto mantida ao alcance dos olhos, uma lembrança bem guardada, fazer o prato predileto de alguém e botar uma mesa bonita, levar o cachorro pra passear, chamar pra ver a lua, dar banho em quem não consegue fazê-lo só, ouvir os velhos, ouvir as crianças, ouvir os amigos, ouvir os parentes, ouvir. Quanto jeito que há de amar.

Rezar por alguém, vestir roupa nova pra homenagear, trocar curativos, tirar pra dançar, não espalhar segredos, puxar o cobertor caído, cobrir, visitar doentes, velar, sugerir cidades, discos, brinquedos, brincar: quanto jeito que há."

Martha Medeiros

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Novos olhares





Pandemia... Desencarne... Nova Era....
Para quem ainda não entendeu, aí vai uma... 
Mensagem de CHICO XAVIER:

"Muitos estão sendo recolhidos por não estarem prontos para uma era de fraternidade e perdão maior...
Alguns precisam ir para retornar e nos ajudar na nova fase....
Estamos vivendo uma fase de limpeza... 
Muitos desencarnes coletivos estão ocorrendo.
Muitas pessoas estão sentindo a necessidade de buscar mais a natureza e sair do stress das grandes cidades e empresas...
Muitos estão se conectando de forma muito mais forte com animais e sentindo uma vontade imensa de mais amor fraterno e praticar mais esse amor...
Muitos estão tendo dores de cabeça, dores nas costas, estão sensíveis "choro fácil",
Se sentindo deslocados e até com insônia... 
mas... 
com tudo isso, sentem que tem algo bom chegando...
Essas pessoas estão sensíveis porque de certa forma fazem parte desta Nova fase na Terra...
Estamos sendo trabalhados pela espiritualidade para expansão mental, saindo dos sentimentos de terceira dimensão para irmos para quarta ou quinta dimensão, conforme a evolução de cada um...
Infelizmente muitos não irão neste momento conseguir praticar o perdão, 
Ter uma conexão com a natureza com facilidade...
 Esses irmãos, se não forem recolhidos para colônias de padrão vibracional igual ao deles, ficarão aqui em verdadeiro caos existencial, se sentindo revoltados, tristes e etc...
Esses irmãos se ficarem ou partirem, terão a misericórdia divina sempre para buscarem luz e amor, porém somente quem se permitir a prática da gratidão, amor fraternal e perdão... poderá receber as graças da nova era.
Aos observarem tragédias, orem, vibrem por todos...
Mas, jamais se esqueçam que mesmo doendo, jamais cairá uma folha sem que Deus permita...
De todo coração, vibrem diariamente por luz, amor e perdão.
Evitem estar com pessoas de pensamentos negativos.
Não assistam programas de fofoca, jornais que mostram tragédias...
Se afastem de qualquer sentimento contrário ao amor fraterno...
Vibrem pela chegada da Nova Era...
E sejam gratos por estar aqui... 
É merecimento! "

domingo, 22 de novembro de 2020

Impermanência




"Contemple a impermanência.
Talvez você já tenha entendido o conceito de
impermanência e já a aceitou como realidade, mas
Isso acontece apenas no nível intelectual? 
Entenda que a noção de impermanência não é suficiente para mudar a maneira como
que você experimenta e vive sua vida. Somente a percepção pode
verdadeiramente libertá-lo, 
e essa percepção não pode brotar
a menos que você pratique a observação profunda da
impermanência. 
Isso significa manter sua consciência da
impermanência o tempo todo e nunca a perca de vista,
em nada que você faz. 
Significa se concentrar na
impermanência e manter viva essa concentração todo o dia. 
À medida que a consciência da impermanência
estender-se a seu ser,
iluminará cada um de seus atos de
maneira extraordinariamente nova e trará verdade,
liberdade e felicidade.
Por exemplo, 
você sabe que a pessoa que você ama é
impermanente, 
mas você continua a agir como se essa pessoa
fosse permanente e você espera que ela esteja lá para
sempre com a mesma forma, 
a mesma atitude e as mesmas
percepções. 
No entanto, 
a realidade é exatamente o oposto:
essa pessoa está mudando, 
tanto na aparência quanto
interiormente. 
Alguém que está aqui hoje pode não estar amanhã; 
alguém que é forte e saudável hoje pode cair amanhã doente; 
alguém hostil hoje poderia se tornar
em uma pessoa mais agradável amanhã; 
e assim por diante.
Somente quando assumimos completamente essa realidade
somos capazes de viver nossas vidas com habilidade e
propriedade. 
Ao tomar consciência de que as pessoas  são impermanentes, 
hoje faremos tudo o que está em 
nossas mãos para fazê-las felizes, porque não podemos saber se elas estarão lá amanhã. 
Eles ainda estão lá, 
mas se não estivermos lá para eles, talvez um dia elas vão embora.
Se você está irritado com alguém que o fez sofrer e
você está prestes a fazer ou dizer algo prejudicial em retaliação, 
por favor, 
feche os olhos, 
inspire longa e profundamente e
contemple a impermanência:
Sentindo o calor da raiva agora,
Fecho os olhos e olho para o futuro.
Em trezentos anos, onde você estará, onde eu estarei?
Esta é uma prática de visualização. 
Você observa o que
você e a pessoa que deseja punir serão em trezentos anos: poeira. 
Quando você sente
profundamente sua própria impermanência e a do outro,
quando você vê claramente que em trezentos anos
vocês dois serão poeira, 
notam que ficar com raiva e sofrer é
um desperdício trágico e estúpido. 
Você vê a consequência disso.
A pessoa da sua vida nesse momento é um tesouro. 
Sua raiva
dissolve-se e, 
quando você abre os olhos, 
não quer mais punir.
Tudo que você quer é abraçar essa pessoa com força.
Contemplar a impermanência ajuda você a se libertar das correntes de raiva. 
Ao concentrar sua mente, 
você pode solta-la."

Thich Nhat Hanh 
"A paz está dentro de você"

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Atração

 



Tudo aquilo que o homem profundamente *ACREDITA* ser, bom ou mal, naquilo se tornará.

 Tudo aquilo que *TEME* que os outros lhe façam, assim eles farão.

Tudo aquilo que *ESPERA* que os outros lhe façam, primeiro deve fazer a eles ,uma vez que assim estará criando um "padrão de consciência" que voltará para abençoá-lo na medida em que tem abençoado os outros.

 Será vítima da doença que o *APAVORA* por criar um " padrão de consciência" da coisa que menos quer experimentar.

Tudo aquilo que emana da mente e do coração do homem, retorna ele em seu devido tempo, de uma forma ou de outra; lembre-se de que toda coisa sempre gera o seu igual ...Pensamentos fortemente emocionais são "sementes de consciência" plantadas em seu próprio campo de consciência. Estas cresceram , dando uma colheita semelhante a semeadura.
Estes são os frutos do livre-arbítrio .Não há escapatória para que o homem pensa, diz ou faz- pois ele nasce do Poder da Consciência Criativa Divina e cria com aquilo que imagina*

 Aqueles que anseiam pelo bem para si mesmo, devem primeiro concedê-lo aos outros. Deixe que a sua própria existência, seja uma benção para os demais .
Quando essas pessoas estão em harmonia com todos os outros, então elas estão perfeitamente sintonizados com poder da Consciência Criativa Universal.

Texto extraído do livro 'Cartas de Cristo'

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Cura

 


Onde mora a verdade...

"Todas as palavras tomadas literalmente são falsas.A verdade mora no silêncio que existe em volta das palavras.Prestar atenção ao que não foi dito, ler as entrelinhas.A atenção flutua: tocas as palavras sem ser por elas enfeitiçada.Cuidado com a sedução da clareza! Cuidado com o engano do óbvio!"

Rubem Alves



sábado, 7 de novembro de 2020

Chuva




"Chove uma grossa chuva inesperada,
Que a tarde não pediu mas agradece.
Chove na rua, já de si molhada
Duma vida que é chuva e não parece.
Chove, grossa e constante,
Uma paz que há de ser
Uma gota invisível e distante
Na janela, a escorrer..."

Miguel Torga
Il. de Bettina Baldassari

Costurando a vida! – Fica-te tão bem o dia que trazes. Onde é que o arranjaste? – Fui eu que fiz. Já me aborreciam os dias sempre iguais, se...