quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Fragmento de entrevista com Pablo Picasso:





- Por que você dança?
- Não há um"porque", eu danço.
- Você é um artista plástico que dança?
- Sim... Ou um dançarino que pinta, o que você preferir.
- Desde quando você dança?
- Desde sempre.
- No que você pensa quando dança?
- Eu não penso, eu sinto.
- Sente o que?
- Amor.
- Amor?
- Sim.
- Mas... por que?
- Não há um "porque" para o amor.
- Sente algo mais?
- Vida.
- Como assim?
- Alguns, apenas alguns, fazem nesta terra aquilo para o qual foram criados. Esses vivem. Outros sobrevivem... Quem dança vive.
- A dança é algo essencial?
- Respirar é essencial? Respondi sua pergunta primária?
(sorrisos de "canto de boca" - silêncio)
- Mas... há um "preço" por essa escolha...
- Por dançar? Sim, há.
- É caro?
- Não importa.
- Você pagou este preço?
- Ainda pago.
- Você deve dançar para alguém...
- Também, quero dizer, não só para alguém, ou por uma razão... Você dança porque nasceu para dançar, assim como pinta porque os quadros já existem dentro de você, você apenas os liberta; assim é com a dança, ela já se movimenta dentro de você, se não a liberta é capaz de... nem sei! Uma formiga faz seu trabalho sem questionar, pássaros voam sem questionar, peixes nadam... homens, alguns matam, outros preferem fazer aquilo para o qual foram criados: AMAR.
Eu danço, pinto, amo.
(silêncio - trocam olhares)
- Você dança sempre?
- Só quando amo.
- Quando você ama?
- Quando danço.
(sorriem)
- Quer dançar comigo?
- Não sei, não sei se tenho coragem... tenho medo.
- Entendo... eu assusto mesmo, eu danço.

Pablo Ruiz Picasso, foi um pintor espanhol, escultor, ceramista, cenógrafo, poeta e dramaturgo que passou a maior parte da sua vida na França.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Crisálida




“Os biólogos descobriram que dentro das células do tecido da lagarta existem células chamadas células imaginativas. Elas ressoam em uma frequência diferente. Além disso, elas são tão diferentes de outras células de verme que o sistema imunológico da lagarta pensa que são inimigos e tenta destruí-los. Mas novas células imaginativas continuam surgindo, e cada vez mais ... De repente, o sistema imunológico da lagarta não consegue destruí-las rápido o suficiente e elas ficam mais fortes à medida que se conectam para formar uma massa crítica que reconhece sua missão a cumprir. o incrível nascimento de uma borboleta.
Em 1969, Margaret Mead disse: "Nunca devemos duvidar que um pequeno grupo de cidadãos motivados e determinados pode mudar o mundo. Certamente será assim que, apesar de tudo, nos encontramos." 
Acredito firmemente, junto com muitos outros, que há uma efervescência evolucionária na estrutura da sociedade atual. Apesar do clamor do medo, da ganância, do consumo transbordante e da violência que se expressam nos tecidos da sociedade, existe uma união de homens e mulheres que podemos chamar de células imaginativas, que vão revelando um mundo diferente, uma transformação, uma metamorfose.
O poeta uruguaio Mario Benedetti escreveu: “E se um dia, ao acordarmos, percebermos que somos a maioria? 
Afirmo que as células imaginativas dominariam e tirariam a borboleta de um mundo de vermes”
Esta é a hora de acordar.
Grupos de células imaginativas estão se agrupando por toda parte; eles estão começando a se reconhecer. Estão desenvolvendo as ferramentas organizacionais para aumentar o nível de consciência, para que se manifeste a próxima Etapa de nossa sociedade humana, para criar uma nova sociedade que, deixando de ser uma lagarta, se torna uma borboleta.
Uma nova dimensão de Vida , uma sociedade mais compassiva e justa, uma humanidade com raízes de felicidade e compreensão mútua.
Sejam células entusiastas!
Conecte-se com os outros ... e vamos todos juntos construir uma Nova Humanidade! " 

 Deepak Chopra

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Vinícius




"De manhã escureço 
de dia tardo  
de tarde anoiteço 
de noite ardo 
nasço amanhã  
ando onde há espaço 
Meu tempo é quando."

Vinicius de Moraes

sábado, 6 de fevereiro de 2021

Introspecção




"... a introspecção é um recuo providencial, pois é quando silenciamos que melhor conversamos com nossos botões. E dessa conversa sai luz, lições, sinais, e a tristeza acaba saindo também, dando espaço para uma alegria nova e revitalizada. Triste é não sentir nada"

 Martha Medeiros, em  "A  Alegria na Tristeza"

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Medo da entrega




"Tenho um pouco de medo 
medo ainda de me entregar 
pois o próximo instante é o desconhecido  
o próximo instante é feito por mim ? 
ou se faz sozinho ?"

 Clarice Lispector

Costurando a vida! – Fica-te tão bem o dia que trazes. Onde é que o arranjaste? – Fui eu que fiz. Já me aborreciam os dias sempre iguais, se...